Nenhuma empresa em que trabalhei investiu em mim

Carla tem 44 anos e trabalha como secretária executiva. Ela conta que nunca fez um curso profissionalizante pago por ex-patrões e hoje não dispõe de tempo para se capacitar. Sem sobra no salário para investir, Neide tem receio de ficar desempregada.
 
Prezada Carla,
O hábito de investir tem de começar nos primeiros anos de vida profissional. No Brasil, não nos ensinam como fazer isso ou sequer nos indicam onde buscar essas informações. Para piorar, o empresário brasileiro nem sempre quer uma secretária preparada, vista como cara. Ao contrário, muitos priorizam a mais barata, e jovem.
 
O forte no Brasil é a indicação política, mas devemos, sim, buscar a capacitação e, principalmente, a independência financeira, que só pode ser conquistada com determinação, separando um percentual do salário mensal para aplicações. Um futuro tranquilo depende de esforço contínuo, de doses de sacrifício que, em geral, os mais jovens negligenciam, infelizmente.